Luis Jardim
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Contribuições fenomenológico-hermenêuticas à psicoterapia de grupo para vítimas de violação dos direitos humanos

Comments (0) Luis Jardim

Artigo de Luís Jardim publicado na Revista Fenomenologia e Psicologia, v.2, n.1, 2014.

 

Resumo

O  objetivo  deste  artigo  é  discutir  contribuições  às  possibilidades  de elaboração  de  danos  produzidos  pela  violência  da  ditadura  civil-militar  no  Brasil, baseado  na  fundamentação  da  psicoterapia  de  grupo  na  fenomenologia-hermenêutica de Martin Heidegger. Os danos produzidos pela  violência de Estado se  caracterizam  por  sua  origem  política,  com  impacto  nos  âmbitos  individual  e político.  O  enfrentamento  deste  dano,  portanto,  deve  contemplar  o  aspecto psicológico  e  também  político.  Nos  anos  de  redemocratização,  o  Grupo  Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ) vem oferecendo atendimento psicológico às vítimas da ditadura. Sua experiência mostrou a psicoterapia de grupo como um importante  instrumento  político  para  elaboração  dos  danos.  Baseado  nesta experiência,  pretende-se  propor  a  fundamentação  da  psicoterapia  de  grupo  no pensamento  de  Heidegger  e  discutir  possíveis  contribuições  para  elaboração  de danos.  Esta  proposta  implica  um  encontro  atravessado  pelo  compartilhamento  e escuta,  no  qual  mundo  se  revela  e  o  dano  sofrido  pela  violência  pode  ser compreendido  em  seu  caráter  plural  inserido  em  uma  história  compartilhada.  O grupo convida a pensar e compreender politicamente os sentidos que se mostram na experiência  da  violência  de  Estado.  A  elaboração  dos  danos  da  violência  é  um processo singular, que contempla a dor de cada um, e  também o aspecto político, direcionando-se a um outro modo de pensar a sociedade, as relações, uma vez que ficaram  explícitos  os  desdobramentos  do  modelo  antigo.  Elaboração  é  conversa perene  que  mantém  viva  a  lembrança  de  uma  história  que  não  pode  mais  ser silenciada.

Palavras-chave: Direitos humanos. Psicoterapia de grupo. Ditadura. Tortura. Martin Heidegger.

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Mundo como fundamento da psicoterapia de grupo fenomenológica

Comments (0) Luis Jardim

Artigo de Luis Jardim.

Revista Estudos e Pesquisa em Psicologia. v.12, no.3, 2012.

 

RESUMO

Neste trabalho pretendemos relacionar o mundo da fenomenologia de Martin Heidegger às características de psicoterapia de grupo, enquanto fundamento essencial para essa modalidade terapêutica. Mundo abarca a totalidade do ser-com os outros, ser junto aos entes e ser si mesmo. Não há como pensar o Dasein destituído de mundo, tampouco mundo sem Dasein. Inserido em uma rede de significações compartilhadas, somos nosso próprio mundo, no qual nos relacionamos e conhecemos. Somos constituídos a partir das relações com os outros e somente nas relações que acessamos nosso modo de ser. Em grupo, abre-se a possibilidade de entrarmos em contato com nossas próprias referências de mundo, que constituem nosso existir e nossa compreensão de si mesmo. Nesta modalidade de atendimento, estabelece-se um mundo compartilhado terapêutico a partir de uma disponibilidade específica à escuta de si mesmo e do outro.

Palavras-chave: psicoterapia de grupo, fenomenologia, mundo, Martin Heidegger.

 

Leia o artigo na íntegra clicando aqui.

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Psicologia Fenomenológico-Existencial – Possibilidades da Atitude Clínica Fenomenológica

Comments (0) Leonardo Yoshimochi, Luis Jardim, Paulo Evangelista

Capa Psicologia Fenomenológico-Existencial: Perspectivas clínicas

Nossa época é dominada pela ciência e pela tecnologia, sobrando pouco espaço para o recolhimento, para a intimidade, para demorar-se junto ao que solicita atenção. Esse modo de estar no mundo já atravessa a ação clínica do psicólogo, que está constantemente avaliado pela eficiência de suas intervenções. O psicólogo, que no início do século XX era um investigador do ser humano, no começo do XXI caminha na direção de se tornar um técnico da administração da vida. O conhecimento que pro-duz, isto é, conduz adiante, é avaliado quanto à sua objetividade. Entretanto, esse saber brota de sua experiência e do encontro com alguém. Trata-se, portanto, de um acontecimento singular. Como conjugar ciência e singularidade? Haverá ainda espaço para o desvelamento da singularidade e para uma ciência do individual nesse campo? Os textos que compõem este livro mostram que sim. Apoiados na fenomenologia existencial, os autores desdobram possibilidades de pensar o sentido da Psicologia como ciência e de refletir sobre a especificidade do fazer do psicólogo. Os escritos aqui presentes tratam de fundamentos fenomenológico-existenciais para a psicologia, da formação de psicólogos e da prática clínica, com profundidade e linguagem acessível ao mais variados leitores. 

Veja o prefácio na íntegra

[publicado com autorização da Editora Via Verita]

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Psicologia Fenomenológico-Existencial – Possibilidades da Atitude Clínica Fenomenológica

Comments (0) Daniel Rehfeld, Leonardo Yoshimochi, Luis Jardim, Marco Antonio Casanova, Paulo Evangelista

 


Nossa época é dominada pela ciência e pela tecnologia, sobrando pouco espaço para o recolhimento, para a intimidade, para demorar-se junto ao que solicita atenção. Esse modo de estar no mundo já atravessa a ação clínica do psicólogo, que está constantemente avaliado pela eficiência de suas intervenções. O psicólogo, que no início do século XX era um investigador do ser humano, no começo do XXI caminha na direção de se tornar um técnico da administração da vida. O conhecimento que pro-duz, isto é, conduz adiante, é avaliado quanto à sua objetividade. Entretanto, esse saber brota de sua experiência e do encontro com alguém. Trata-se, portanto, de um acontecimento singular. Como conjugar ciência e singularidade? Haverá ainda espaço para o desvelamento da singularidade e para uma ciência do individual nesse campo? Os textos que compõem este livro mostram que sim. Apoiados na fenomenologia existencial, os autores desdobram possibilidades de pensar o sentido da Psicologia como ciência e de refletir sobre a especificidade do fazer do psicólogo. Os escritos aqui presentes tratam de fundamentos fenomenológico-existenciais para a psicologia, da formação de psicólogos e da prática clínica, com profundidade e linguagem acessível ao mais variados leitores. (Por: Paulo Evangelista)


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[publicado com autorização da Editora Via Verita]

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A preocupação liberadora no contexto da prática terapêutica

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JARDIM, LUIS EDUARDO F. (2003) A preocupação liberadora no contexto da prática terapêutica. Trabalho de conclusão de curso na PUC-SP.

 

RESUMO           

O presente trabalho busca ressaltar a contribuição heideggeriana para a compreensão da terapia e sua possível relação com a alteridade. A partir da ontologia fundamental desenvolvida pelo filósofo alemão, será apresentado o ser-aí na impropriedade de si mesmo, modo em que está de início e na maior parte das vezes, imerso na impessoalidade pública de sua cotidianidade decadente. Na medianidade, o ser-aí está-com os outros de modo impessoal, encoberto no anonimato do a gente, para o qual delega sua responsabilidade de ser.
Heidegger demonstra que, na cotidianidade, o ser-aí também pode se relacionar com o outro de modo próprio sem encobrir sua alteridade. O ser-aí resoluto pode estar-com o outro de modo próprio e, nessa convivência, libera-lo para seu mais próprio poder-ser. Compreendemos a terapia como uma possibilidade existenciária dessa preocupação com o outro se dar. O terapeuta se preocupa com seu paciente sem assumir para si a responsabilidade de ser do outro. Este último pode assim desvelar a possibilidade de ser de modo próprio na abertura do querer-ter-consciência, ou seja, na prontidão para acolher a voz da consciência que clama a si mesmo para se apropriar de seu débito originário.

Palavras-chave: Heidegger, terapia, preocupação liberadora, propriedade, ser-com

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Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung)

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Nosso intuito nessa comunicação é fazer uma breve apresentação do conceito heideggeriano de afinação (Stimmung) como foi formulado na primeira fase do pensamento de Martin Heidegger, bem como vislumbrar o pensamento de uma possível importância para contexto de uma prática clínica.

O conceito de afinação está presente ao longo de sua obra, porém possui características diferentes nas duas fases de seu pensamento. Nos ateremos aqui à compreensão de afinação que Heidegger desenvolve em sua ontologia fundamental, isto é, no Primeiro Heidegger.

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Articulação da Afinação e a Arte para Martin Heidegger

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Resumo: A Afinação é um existencial constitutivo da abertura do Dasein. Este é sempre afinado de um modo ou de outro, e como tal, a afinação co-determina a compreensão e o mundo do Dasein individual e coletivo. No resguardar da obra de arte, o acontecimento da verdade no ente, provoca um abalo que retira o Dasein do cotidiano e institui a verdade e o modo de compreensão do ente para um povo. O abalo do acontecimento da verdade pode re-articular a afinação de um povo histórico e fundar uma era.

Palavras-chave: Martin Heidegger, afinação, arte.

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