A preocupação liberadora no contexto da prática terapêutica

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JARDIM, LUIS EDUARDO F. (2003) A preocupação liberadora no contexto da prática terapêutica. Trabalho de conclusão de curso na PUC-SP.

 

RESUMO           

O presente trabalho busca ressaltar a contribuição heideggeriana para a compreensão da terapia e sua possível relação com a alteridade. A partir da ontologia fundamental desenvolvida pelo filósofo alemão, será apresentado o ser-aí na impropriedade de si mesmo, modo em que está de início e na maior parte das vezes, imerso na impessoalidade pública de sua cotidianidade decadente. Na medianidade, o ser-aí está-com os outros de modo impessoal, encoberto no anonimato do a gente, para o qual delega sua responsabilidade de ser.
Heidegger demonstra que, na cotidianidade, o ser-aí também pode se relacionar com o outro de modo próprio sem encobrir sua alteridade. O ser-aí resoluto pode estar-com o outro de modo próprio e, nessa convivência, libera-lo para seu mais próprio poder-ser. Compreendemos a terapia como uma possibilidade existenciária dessa preocupação com o outro se dar. O terapeuta se preocupa com seu paciente sem assumir para si a responsabilidade de ser do outro. Este último pode assim desvelar a possibilidade de ser de modo próprio na abertura do querer-ter-consciência, ou seja, na prontidão para acolher a voz da consciência que clama a si mesmo para se apropriar de seu débito originário.

Palavras-chave: Heidegger, terapia, preocupação liberadora, propriedade, ser-com

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