Maria Fernanda Beirão
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Alguém apaixonado diante do outro que seduz

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Alguém na experiência limite do amor – o apaixonado – sofre a perda do próprio eu (paixão é pathos). Algo inesperado acontece: a sedução que desencaminha. Ao falarmos de amor louco, do amor que extravasa, falamos da sedução limite, diferente da sedução comum. Esta segue as regras do esperado, espelha e reafirma o quem acreditamos ser, nos assegura aquilo que queremos alcançar – é a sedução calculada, que nos encerra no próprio eu. Então, nosso desejo se realiza: aquele que seduz traz-nos o esperado.

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