Paulo Evangelista
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Paixão e Sentido na Clínica Fenomenológico-Existencial

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Palestra proferida no Espaço Sabina Cultural, Sorocaba/SP, em 20/01/2010.

Fui convidado recentemente a falar sobre “paixão”. Queria falar dentro de uma abordagem fenomenológica, que é minha linha de trabalho. Isso significa que não poderia me contentar com a definição comum, “vulgar”, de “paixão”. Esta a entende quase que exclusivamente como “paixão amorosa”, que elimina as faculdades da razão. A fenomenologia nos convida a pensar a história disso que chamamos de paixão e sua relação com a existência humana.

Leia o texto na íntegra.

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Heidegger e o entendimento-de-si da filosofia: considerações a partir do curso “Introdução à Fenomenologia da Religião” (1920-21)

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Artigo publicado na revista Ítaca (Rio de Janeiro), v. 2007, p. 140-146, 2007.

Resumo: Em curso de 1920-21 sobre a fenomenologia da religião, Heidegger realiza um esforço para distinguir filosofia e as ciências. A filosofia não pode ser compreendida como uma ciência, pois seu “objeto” é outro; a saber, não é um objeto. Assim, antes de realizar a tarefa de desocultar a experiência de vida fáctica cristã presente nas Epístolas Paulinas, Heidegger tematiza o entendimento de si da filosofia. O objetivo deste artigo é acompanhar os passos de Heidegger, mostrando como realiza essa diferenciação.

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Acerca da Questão da Verdade em Heidegger

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A filosofia é o âmbito no qual as questões mais gerais e profundas são tratadas. Assim, desde o nascimento da filosofia a questão da verdade foi tematizada. Na filosofia são pensadas as articulações entre a verdade e a realidade e as relações entre elas. Desde muito cedo, a relação entre verdade e realidade estruturou-se como possibilidade do conhecimento (verdadeiro) desta. Podemos dizer que a filosofia fundou, inaugurou essa relação que para nós hoje é tão evidente. Mas, por mais que hoje a filosofia seja tida como trabalho supérfluo e inútil, seu papel é central no nosso cotidiano em função da sua discussão e fundação do real. Cabe, portanto, à filosofia, perguntar-se sobre o que é esse conceito imediatamente e medianamente conhecido como “verdade”.

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Se Macabéa tivesse feito terapia… Considerações sobre a clínica daseinsanalítica

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Palestra apresentada na Associação Brasileira de
Daseinsanalyse em agosto de 2007


Resumo:

O objetivo deste trabalho é uma apresentação da daseinsanalyse a partir da compreensão da personagem Macabéa do livro A Hora da Estrela de Clarice Lispector. Para isso, parte de uma rápida introdução ao Dasein, para em seguida apresentar brevemente Macabéa. A terceira parte discute alguns aspectos da clínica daseinsanalítica, como a historicidade e a relação terapêutica, e de como ela poderia ter influenciado a vida dessa personagem.

Palavras-chave: Daseinsanalyse. Dasein. Lispector. Heidegger. Boss.

 

Abstract:

The objetive of this article is to present daseinsanalysis starting from the comprehension of the character Macabéa, from Clarice Lispector´s book A Hora da Estrela. In order to do so, it begins with a quick introduction to Dasein, then briefly presents Macabéa. The third part is a discussion of some aspects of daseinsanalytical clinic – such as the therapeutic relationship and historicity – and how it could have influenced this character´s life.

Key-words: Daseinsanalysis. Dasein. Lispector. Heidegger. Boss.

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Heidegger e a Fenomenologia como Explicitação da Vida Fáctica

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Resumo

 

A publicação das Obras Completas de Martin Heidegger tem oferecido aos estudiosos novos elementos para que se considere sua trajetória intelectual. Esta começa na teologia e desemboca na filosofia. No começo da década de 1920, ele compartilha com Husserl que a filosofia, que se encontra enredada em confusão com as ciências objetivas, só pode ser fenomenologia. Diverge de seu mestre, entretanto, em que a fenomenologia não se limita à descrição da consciência. Ela é explicitação da “experiência de vida fáctica” (faktische Lebenserfahrung).

Nos estudos de cunho teológico, Heidegger descobrira a questionabilidade da vida concreta de cada qual. O conhecimento teórico, que anima a filosofia de sua contemporaneidade e cuja origem ele encontra na filosofia grega, mostra-se incapaz de tematizá-la. A “experiência de vida fáctica” não é objetiva, de modo que necessita de um novo método para ser tematizada. A fenomenologia é esse método.

No presente estudo, destaca-se o curso ministrado no semestre de inverno de 1920-21, intitulado “Introdução à Fenomenologia da Religião”, no qual Heidegger demonstra a incapacidade da filosofia contemporânea de acessar a experiência de vida fáctica do cristão primitivo contida nas Epístolas Paulinas. Com a fenomenologia, a experiência religiosa proto-cristã pode mostrar-se. Trata-se de um modo de viver pelo qual se luta contra a tendência a encontrar ilusório asseguramento nas experiências quotidianas. O cristão é aquele para quem o fim dos tempos já se faz presente desde a conversão; esta sendo sempre atualizada. Heidegger encontra nisso uma temporalidade diferente e inacessível à teoria, que só conhece o tempo cronológico. É a temporalidade kairológica, própria da experiência de vida fáctica. A metafísica revela-se, assim, um modo de buscar asseguramento.

Neste estudo, contextualiza-se o curso no momento histórico de vida de Heidegger, pois filosofia e vida imbricam-se. Em seguida, apresenta-se o exercício que ele realiza para demonstrar a originalidade da experiência de vida fáctica e a neces­sidade de a filosofia ser capaz de retornar a essa sua origem. Para isso, mostra-se 1) uma breve descrição da “experiência de vida fáctica”, 2) a “indicação formal” como conceito fenomenológico capaz de tematizá-la e 3) a filosofia e as ciências como possi­bilidades dela. Por fim, realiza-se com Heidegger a interpretação das Epístolas Paulinas, a fim de compreender a vida fáctica do apóstolo tal como se apresenta a partir dele, e não de teorias previamente concebidas. Com isso, é a vida humana que se desvela. Essa é a tarefa da fenomenologia.

 

Palavras-chave: fenomenologia; experiência de vida fáctica; Heidegger; São Paulo
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Interpretação Crítica da Teoria de Campo Lewiniana a partir da Fenomenologia

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Phenomenology based critical interpretation of Lewin’s Field Theory.

Interpretación crítica de la teoria de campo lewiniana desde la fenomenologia.

 

Resumo: O artigo discute os pressupostos da teoria de campo de Lewin, com vistas a apontar a objetificação do ser humano neles latente. Para isso, parte da fenomenologia, que preconiza a descrição dos fenômenos tal como aparecem a partir de si mesmos. Por fim, sugere que compreensão dos fenômenos que surgem nas dinâmicas grupais prescinde da teoria de campo.

Palavras-chave: Teoria Gestáltica, Fenomenologia, Teoria de Campo.

 

Abstract: The article discusses the basic assumptions of Lewin’s Field Theory, in order to point the objectification of human beings latent in them. To do so, it bases itself on phenomenology, which supports the description of phenomena as they appear themselves. Finally, it suggests that the understanding of the phenomena that arise in group dynamics dispenses the Field Theory.

Key-words: Gestalt Theory, Phenomenology, Field Theory

 

Resumén: El artículo analiza los presupuestos de la teoría del campo de Lewin, a fin de señalar la objetivación de los seres humanos en ellos latente. Para ello, parte de la fenomenología, que apoya la descripción de los fenómenos tal como aparecen desde sí mismos. Por último, sugiere que la comprensión de los fenómenos que surgen en dinámicas de grupo prescinde de la Teoría de Campo.

Palavras-llave: Teoria Gestáltica, Fenomenología, Teoria de Campo.

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A recepção do inconsciente freudiano pela daseinsanalyse de Medard Boss

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Artigo publicado na revista Daseinsanalyse (São Paulo), v. 13, p. 21-49, 2006.

 

Resumo

Neste artigo apresentamos uma breve descrição do Inconsciente tal como exposto por Freud para, em seguida, mostrar como Boss abordou esse conceito em sua obra.  Fundamentando os fenômenos “inconscientes” na disposição e compreensão ontológicas do Dasein e tomando-os por não-tematizados, Boss torna “supérflua” a teorização metapsicológica de Freud.  A metapsicologia orientada pela técnica, que visa a mecanização do homem, é substituída por uma compreensão mais apropriada à existência humana: a daseinsanalyse.

 

Palavras-chave: Medard Boss, inconsciente, Dasein, daseinsanalyse.

 

Abstract

In this article we present a brief description of the Unconscious as it was exposed by Freud and then we show how Boss approached this concept in his work.  Based on the ontological attunement and comprehension of Dasein and understanding them as non-thematic awareness, Boss makes Freud´s metapsychological theorization “superfluous”.  Technology-oriented metapsychology aiming at man´s mechanization is substituted by a more adequate understanding of human existence: Daseinsanalysis.

 

Key-words: Medard Boss, unconscious, Dasein, daseinsanalysis

 

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